RodrigoFaria escreveu:Quero contrapor às passagens citadas pelo irmão as seguintes palavras, para concluir que Judas não foi salvo e que sua dignidade de apóstolo foi conferida a Matias:
"Tenho guardado aqueles que tu me deste, e nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição, para que a Escritura se cumprisse." (João 17:12)
"Porque no livro dos Salmos está escrito: Fique deserta a sua habitação, E não haja quem nela habite, Tome outro o seu bispado." (Atos 1:20)
"Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas?
E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade." (Mateus 7:21-23)
Vamos análisar com um pouco mais de atenção este comentário e as bases!
1. Os registros do intervalo entre o chamado de Judas ao apostolado e a traição encontrar-se-á de uma forma resumida apenas no evangelho de João. Após o discurso de Jesus na sinagoga em Cafarnaum (Jo 6:26-59), e dos discípulos o terem abandonado (Jo 6:66), e ainda mais por Pedro ter reforçado a sua submissão (Jo 6:69), adentra na narrativa a seguinte expressão de Jesus: “Não vos escolhi a vós os doze? e um de vós é um diabo” (Jo 6:70).
2. Após a declaração de Jesus segue-se então a fala de João, “E isto dizia ele de Judas Iscariotes, filho de Simão; porque este o havia de entregar, sendo um dos doze” (Jo 6:71), aparentemente João registra essa fala devidamente aos que o abandonaram no caminho (Jo 6:66) e também por motivos pessoais.
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3. Judas era o responsável pelas finanças, e ao que parece ele desconsiderava as advertências de Jesus relativo à ganância e a avareza (Mt 6:20; Lc 12:1-3). Judas infelizmente fingia-se ser zeloso em sua administração, entretanto, ao untar Maria os pés de Jesus, Judas argumentou: “Por que não se vendeu este ungüento por trezentos dinheiros e não se deu aos pobres? V.6 Ora, ele disse isto, não pelo cuidado que tivesse dos pobres, mas porque era ladrão e tinha a bolsa, e tirava o que ali se lançava”. Dá a entender quando se compara essa narrativa com os sinóticos que João tem algum resquício com Judas, pois em Marcos é patente que várias pessoas questionam o ato da mulher e não apenas um no caso Judas (Jo 12:5,6; comparar com Mt 26:7-13; Mc 14:3-
.
4.Infelizmente Judas não pode esconder por muito tempo o que maquinava dentro de si (Mc 14:4), ele sabia que a sua fonte de renda não iria permanecer segura muito tempo.
Ou seja, as palavras de Jesus relativo ao dia da sua morte (Mt 26:12; Mc 14:8; Jo 12:7) fez com que ele se revelasse e isso com base apenas nos registros de Mateus e Marcos que registram que após a unção, Judas imediatamente vai ao encontro dos principais dos sacerdotes para entregar Jesus (Mt 26:14,15; Mc 14:10,11; compare Lc 22:3-6).
5. Jesus sabendo da trágica morte que Judas enfrentaria, procurou dar uma oportunidade da confissão do seu erro no ato em que ele relata a seguinte expressão: “Aquele que está lavado não necessita de lavar senão os pés, pois no mais todo está limpo. Ora vós estais limpos, mas não todos”. V.18. “ Não falo de todos vós; eu bem sei os que tenho escolhido; mas para que se cumpra a Escritura: O que come o pão comigo, levantou contra mim o seu calcanhar” (Jo 13:10,18). Isso demonstra uma insistência de Jesus em dar a Judas toda oportunidade de se arrepender.
6. Durante a última ceia vez, enquanto todos estavam sentados, Jesus disse as seguintes palavras: “Em verdade vos digo que um de vós me há de trair” (Mt 26:21; Mc 14:18; Lc 22:21; Jo 13:21). E ao fim, em resposta para as questões ansiosas dos seus discípulos, Ele indicou o traidor, não através de seu nome, mas por um sinal: “É aquele a quem eu der o bocado molhado. E, molhando o bocado, o deu a Judas Iscariotes, filho de Simão”. (Jo 13:26). Imediatamente após receber e tomar a ceia, Judas deixa o local (Jo 13:30; Mt 26:16).
7. Mas como ele iria se arrepender de um homem que provou que tinha poder para tantas coisas, como: ressuscitar, andar sobre o mar, acalmar fenômenos da natureza, interrogar os mais sábios, colher tantos peixes sem ter pescado, alimentar multidões sem ter comida para si, perdoar pecados, conhecer o passado sem nunca ter visto ou conhecido a pessoa, ver pessoas o acompanhar e dizerem que ele é único e além de tudo é o MESSIAS!
8. Como ele iria morrer se tantos ele tinha ressuscitado? Para ele era de menos! Isso é o que se chama de confiança, ou seja, ele utilizou da barganha, mesmo sabendo que com Jesus ele sempre teria mais. Entretanto ele quis para ele trinta moedas, mas quando viu que o seu Senhor não iria fazer o que sempre fez...o desespero reinou e a conseqüência foi a sua morte. Pois se por pouco muitos desvanecem, ou que dizer por muito como ele teve!
9. Falar sem comprovar e analisar todas essas indagações é fácil, o difícil é ter alguém ao lado que prove para qualquer um que é insubstituível e que pode todas as coisas e alguém não confiar a ponto de ter um pouco mais de lucro!
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